Quando
minha história com o Ciência sem Fronteiras começou, uma das coisas que eu mais
fuçava na internet era blog sobre pessoas que já tinham chegado no seu país de
destino, para saber como a vida funcionava lá.
Foi dessa
forma que eu descobri uma grande paixão: blogs. Mesmo sabendo que eu vinha
morar na Inglaterra, lia blog de gente que estava na Austrália e até na Coréia!
E foi assim que eu decidi criar o meu próprio blog, pensando em cada detalhe do
design e do conteúdo dos posts.
Uma das
coisas que mais me deixava triste era quando eu achava um blog legal que tinha
sido abandonado, porque eu não entendia como isso podia acontecer. Só que o que
eu não esperava era que isso fosse um dia acontecer com o meu também.
Não sei
exatamente o motivo que me levou a fazer isso, talvez uma mistura de desânimo
(minha velha autocrítica que sempre me diz que ninguém quer ler o que eu tenho
a escrever) com a minha euforia depois de ter chegado aqui, que não me deixava
sentar para escrever.
Mas hoje,
dia 1 de agosto, eu percebi que eu precisava extravasar um sentimento muito
grande que vem me consumindo, sentimento esse que eu nem sei definir ao certo.
A verdade é
que agosto representa meu último mês como intercambista do CsF, último mês vivendo
o intercâmbio dos meus sonhos. E o primeiro dia desse mês veio recheado de uma
carga emocional muito grande. Ao mesmo tempo que a felicidade é grande por
saber que esse mês eu vou poder matar a saudade de todas as pessoas que eu não
vejo há quase um ano, a tristeza de saber que tudo que eu construí sozinha num
país desconhecido está chegando ao fim também se faz presente.
O calendário não engana :( |
O que me
conforta é saber que isso já era o esperado, e minha única opção é preparar meu
coração para essa mistura de sentimentos. Além disso, boa parte das coisas que
eu aprendi e das pessoas que eu conheci aqui, eu vou levar pro Brasil junto
comigo. E isso, gente, não tem Real ou Libra que paguem.
Foi por
isso que eu resolvi recorrer ao blog, porque na internet a gente também pode
achar suporte para essas crises existenciais de fim de intercâmbio, e, sendo
assim, talvez eu possa ajudar alguém um dia também.
Obrigada a
todos que leram o blog nesse tempo e que mandaram comentários com perguntas ou
me procuraram nas redes sociais para tirar dúvidas. Desculpa a todos que ficaram
sem resposta por um tempo, espero poder me redimir daqui pra frente. Acredito
que ajudar quem está vindo agora possa ainda me dar o gostinho de novidade na
Inglaterra.
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