sábado, 16 de agosto de 2014

Aquela sobre contagens regressivas



A vida é feita de contagens regressivas. ‘Faltam tantos dias para as férias’, ‘faltam tantas matérias para eu me formar’, ‘faltam tantos episódios para a temporada da série acabar’, e uma infinidade de outras coisas que são contadas em função do tempo que falta para que elas acabem ou ocorram.

Na Inglaterra eu aprendi a contar da forma inversa. Porque quando você tem um tempo limitado para desenvolver qualquer função, o que mais importa é o tempo que já passou. Principalmente quando essa função é viver o intercâmbio que você sempre sonhou!

Quando eu cheguei aqui, a ideia era passar um ano inteirinho morando fora do Brasil. Seriam 365 dias tendo a Europa inteira como o quintal da minha casa. E, por isso, era triste pensar ‘poxa, já tem 1 mês que eu estou aqui‘, porque, mal ou bem, isso nos remete a contagem regressiva de ‘então só faltam 11 meses para eu ir embora’. E você quer se prender àquele momento, àquela vida e o único desejo é que o tempo seja sutil, que ele passe bem devagar e que nos permita aproveitar cada minuto.

Hoje, que esse tempo já passou e eu vou embora em menos de uma semana, eu só consigo pensar que foram os 11 meses mais rápidos de toda a minha vida, mas, ainda assim, os que mais acrescentaram no meu crescimento. Hoje, eu só posso agradecer por tudo que aconteceu comigo aqui e o pensamento que ficou é ‘poxa, foram os melhores meses da minha vida’!

É triste saber que está acabando. É como se fosse um ano sonhando um sonho bom, e agora eu preciso acordar e encarar a realidade toda de novo. E mesmo assim, eu não posso dizer que estou triste por voltar, porque isso anularia toda a felicidade que foi morar aqui.

Passar esse ano fora me ensinou a não deixar espaço no coração para tristezas e lamentações, porque meu coração é todo preenchido de felicidade por tudo que eu vi, vivi e senti aqui!

E é esse tipo de sentimento que eu quero levar de volta comigo, porque foi dessa forma que esse ano maravilhoso acrescentou na essência de quem eu sou. Eu não quero mais contar quantos dias faltam para eu ir embora, porque eu só sei contar tudo de bom que eu passei aqui!




quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Aquela sobre Warwick



O post de hoje é para falar de uma viagem bem legal e diferente que eu fiz recentemente!

Quando agosto começou, eu passei pela crise de querer fazer tudo que eu ainda não tinha feito no pouco tempo que me restava. Então, no dia 4 eu e um amigo resolvemos ir para Warwick, cidade que eu queria conhecer desde que cheguei na Inglaterra. Entretanto, a gente queria fazer uma viagem um pouco diferente dessa vez, e ,como o Google dizia que Warwick não era tão distante de Birmingham, a gente resolveu ir de bicicleta!


Como vocês podem ver, o caminho mais curto tem 24.1 milhas, ou seja, 39 Km. Os leitores que não me conhecem devem achar que eu sou uma pessoa super disposta e amante dos esportes, mas a verdade é que eu tive que passar por cima de toda a minha preguiça e sedentarismo para encarar essa aventura. E não se enganem com essa estimativa de 2h do Google, porque a gente levou um pouco mais de 3h para chegar. Eu não me arrependi em nenhum momento, mas admito que foi difícil! Hehe

Acordamos cedo no dia 4, preparamos nossas mochilas com o que julgávamos ser necessário para esse tipo de viagem (sanduíches, água, frutas, protetor solar... Parece até feito por mãe!) e saímos totalmente empolgados. A Inglaterra até resolveu ser boazinha no dia e nos presenteou com um dia lindo de sol!

Meu melhor companheiro de viagem :)

Andamos cerca de 5 milhas dentro da cidade até chegar em um canal super fofo. Fomos beirando esse canal a maior parte da viagem.





Por fim chegamos no nosso destino final: o castelo de Warwick! Ele é simplesmente lindo e eu não podia estar mais feliz de poder descer da bicicleta depois de tanto tempo pedalando (gordinha feelings).

Acontece que a maior surpresa foi quando a gente chegou na entrada do castelo. Nós esquecemos totalmente de olhar no site as informações sobre o castelo, e descobrimos lá que a entrada custa nada mais nada menos que 24 POUNDS – para estudante!

Eu tenho certeza de que o passeio deve ser incrível dentro do castelo, mas o meu budget contado de final de intercâmbio não me permitiu essa ostentação toda! No lugar disso, fomos conhecer os arredores do castelo e descobrimos um jardim ao lado que tem vista para ele. Como a entrada do jardim era apenas 2 pounds, a gente optou por ficar lá mesmo. Descansamos, fizemos nosso lanche e tiramos várias fotos legais. A vista do castelo por fora já é sensacional!








Por fim, pegamos as bicicletas e fomos dar mais um passeio pela cidade, que é simplesmente encantadora! Eu sou apaixonada por cidades inglesas pequenas, com aquelas ruas cheias de flores coloridas e várias casinhas estilo ‘cottage’ espalhadas.

Para os leitores que estão se perguntando se eu, a amiga gordinha do grupo, consegui pedalar 40 km na volta, já adianto que não! Resolvemos voltar de trem mesmo, porque meu espírito de aventura já tinha acabado há um tempo! Haha

O trem é barato (foi 5.9 pounds, se não me engano) e demora cerca de uma hora para chegar no centro de Birmingham.

Custo total da viagem: 7.9 pounds e algumas calorias a menos :P

Quando eu cheguei em casa, só queria tomar banho e dormir! E foi isso mesmo que eu fiz :)

E essa foi minha aventura no dia 04/08. Eu super recomendo esse passeio, principalmente para quem gosta de ver paisagens bonitas e curte praticar esportes ao ar livre.

Obs.: As bicicletas que nós usamos eram emprestadas de amigos, mas, se você tiver interesse nesse tipo de passeio e não tem bike, pode procurar no Google lojas que alugam bicicletas em Birmingham porque eu mesma já procurei e sei que tem.

Espero que tenham gostado desse post com estilo diferente dos anteriores, porque acho que vocês já estão cansados de tanto post informativo. 

Um beijo para quem ainda acompanha minhas postagens. Vocês são uns fofos!












Já curtiu a página do blog? É só clicar na imagem e dar like! :)


domingo, 10 de agosto de 2014

Aquela sobre a UoB - Sistema de avaliação



Como eu tinha falado no post anterior, o sistema de ensino europeu é bem diferente do brasileiro. Entretanto, uma das coisas que mais me surpreendeu foi o método de avaliação aplicado aqui na University of Birmingham.

Eu já expliquei no outro post que aqui o curso é contabilizado em anos, em vez de semestres como acontece no Brasil. Além disso, o ano letivo começa em setembro e vai até o final de junho do ano seguinte. Nesse tempo existe um recesso de um mês para o Natal e Réveillon. O mês de abril também é de recesso por causa da Páscoa.

As matérias de cada ano são separadas em ‘Autumn’ – que corresponde ao período de setembro a dezembro - e ‘Spring’ – que vai de janeiro a março.

É em maio que começa toda a correria de provas e entrega de trabalhos. Então você tem aula desde setembro, tem duas férias no meio tempo e só vai começar a fazer as provas em maio.

É um sistema muito complicado na minha visão de aluna brasileira. Uma matéria que você teve aula no período de setembro a dezembro ter suas avaliações somente em maio do ano seguinte parece loucura para quem está acostumado a ter (pelo menos) duas provas de cada matéria por semestre. E é loucura mesmo, porque nessa época a biblioteca funciona 24h e as pessoas só saem de casa para necessidades básicas, como comprar comida.

A diferença, no entanto, dos alunos europeus para os brasileiros é que eles já entram na universidade acostumados com esse método, então estudam desde que o período letivo começa. Parte da carga horária das matérias já considera o tempo de estudo fora da sala de aula. Por outro lado, os brasileiros, com o seu bom e velho hábito de deixar tudo para a última hora, passam o ano todo assistindo as aulas e levando com a barriga e se desesperam quando se deparam com assunto de 10 matérias diferentes para estudar. Ainda mais se for levada em conta a euforia de ter chegado em um país diferente, onde tudo é novidade, é difícil parar para estudar sem a cobrança de prova por perto.

É claro que nem todo mundo passa por isso, mas boa parte dos intercambistas enfrenta esse problema, inclusive essa procrastinadora que vos escreve.

A universidade lançou o calendário oficial das provas no meio de abril, e a espera por esse calendário deixa muitos alunos na incerteza de marcar ou não viagem nessa época. Eu encarei de forma mais realista possível para mim: se eu passasse abril inteiro em casa, ia procrastinar mais do que estudar, então é melhor gastar meu tempo viajando mesmo.

Meu caso foi assim: minha primeira prova estava marcada no dia 08/05 e eu viajei até o dia 19/04. Fazendo as contas, é fácil perceber que eu tive pouco mais de duas semanas para estudar para 7 matérias e escrever um report de 7000 palavras (assunto que eu vou abordar em outro post).


Uma coisa que ajudou bastante nos estudos foram as aulas extras oferecidas pela universidade. Na primeira semana de maio, os professores de cada matéria marcam uma ou duas aulas para ajudar os alunos a relembrar o assunto e dizer os assuntos mais focados na prova. Além disso, muitos deles disponibilizam provas passadas na plataforma da universidade, o que também facilita na hora de estudar.

Foi correria sem fim, gente, mas deu tudo certo no final! Eu consegui passar em todas as matérias! :) 

Isso até me surpreendeu no início, porque eu não achava que seria fácil passar em tudo, considerando que eu seria avaliada em inglês e numa universidade bem conceituada da Europa. No entanto, aqui eu descobri que o ensino no Brasil não perde para as universidades europeias. Me deparei com muitas provas fáceis, questões repetidas em vários anos e provas que não medem nem um pouco a inteligência do aluno, mas sim a sua capacidade de decorar respostas montadas. 

Por um lado isso me decepcionou um pouco, porque parte do intercâmbio é o desafio de ser avaliado em outra língua e numa dificuldade maior que a que você está acostumado. Em compensação, saber que meu país pode me oferecer uma base forte na minha formação acadêmica é uma extrema satisfação. Não posso dizer que gostei do sistema europeu, mas acredito que o grande motivo para isso seja o costume com uma realidade diferente. 

Outra coisa que me pareceu bem esquisita no sistema de avaliação da universidade é a graduação das provas. Aqui, ninguém tira "10". A equivalência do sistema deles com o sistema americano mostra que a nota 70 (de 100) já é considerada A+. Isso não faz o menor sentido na minha cabeça e de nenhum brasileiro que eu conheço. Acertar 70% de uma prova no Brasil é considerado uma nota razoável, mas aqui é excelente. E, sendo assim, é bem difícil tirar notas acima disso. É possível de tirar, mas muitas vezes você recebe um feedback de um trabalho com praticamente nenhuma crítica e uma nota abaixo de 80%. Os nerds que se preparem!

Nem todo mundo teve a mesma sorte de ter sido aprovado em todas as matérias. Muitas pessoas reprovaram uma ou duas matérias, mas eu não sei dizer ao certo as consequências disso.

Espero ter tirado a dúvida de vocês, mas se ainda tiver mais alguma deixem nos comentários.

Beijos!











Não se esqueça de curtir a página do blog! É só clicar na imagem abaixo :)








sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Aquela sobre a UoB - Matérias


Olá :)

Estou com algumas ideias  sobre posts mais interessantes de viagens e indicações, mas ainda não consegui organizar todos eles. Enquanto isso, vou continuar com a série de posts úteis.

Antes de chegar em Birmingham, eu fiz um post falando sobre as matérias que eu pretendia cursar na universidade. Vocês podem ler esse post aqui. Porém, como eu já tinha dito no post, eu não tive acesso à grade horária das matérias até chegar aqui e, somente com a grade na mão, eu pude escolher de fato as matérias que eu cursaria sem ter sobreposição de horários.

Para fazer minhas inscrições foi mais ou menos assim:

A grade horária

Na primeira semana de aula, os alunos de intercâmbio tiveram várias palestras explicando como a University of Birmingham funcionava. Os assuntos abordados falavam sobre as matérias oferecidas, o sistema de avaliação, aulas extras para desenvolver os ‘skills’ de inglês e canais de suporte para quase todos os tipos de problema que a gente poderia ter por estar longe de casa e da família.

Para os alunos de engenharia química, houve uma reunião para entregar alguns documentos importantes, e, dentre eles, estava a grade horária de todos os anos, bem como a ementa de algumas matérias. Assim ficou mais fácil encaixar as matérias nos horários certos.

Fichário com documentos importates para os alunos de Eng. Quim.


Lembrando que aqui eles dividem os cursos por ano, não por semestre. Ainda assim, existem matérias que são oferecidas somente na primeira metade do ano, outras somente na segunda, e outras o ano inteiro. Eu explico isso melhor nesse post.


A escolha das matérias:

Por ser aluna de intercâmbio, eu tive a liberdade de escolher matérias de qualquer departamento, desde que a turma tivesse vagas remanescentes. É lógico que a pessoa tende a optar por matérias do próprio curso, mas é super válido saber que existe a opção de cursar matérias de outros. Vários alunos de engenharia, por exemplo, procuram matérias na área de ‘Management’, que são oferecidas pelo curso de administração.

O site da universidade oferece uma ferramenta de busca de todas as matérias oferecidas em todos os cursos. Dessa forma fica mais fácil saber a grade de cada curso, assim como a ementa de cada matéria. O site também informa se a matéria é oferecida no primeiro ou segundo semestre, porém não disponibiliza o horário, porque isso pode variar de ano pra ano.

Para ter acesso aos horários, a gente tinha que procurar a secretaria de cada departamento e pedir por esse tipo de informação.

Você pode checar o site aqui.


MOMD

Aqui as matérias eletivas são chamadas de MOMD (Module Outside Main Discipline). Existe uma grande variedade de assuntos e elas contam como parte dos créditos que você tem que cumprir. Alunos de intercâmbio também tem direito de cursá-las. 

Eles organizam uma feira para mostrar todas das MOMDs e ajudar os alunos a escolherem uma. Como línguas estão incluídas nesse grupo, eu optei por fazer francês. 

Existem vários níveis e vários horários para cada uma delas, assim é fácil de encaixar na sua grade horária. Cada pessoa responsável por uma língua organiza um teste de nivelamento, assim facilita a alocação no aluno no nível mais adequado pra ele. 

Para mim foi uma ótima escolha, porque eu pude manter o francês que eu estudava no Brasil e ainda cortar créditos. Muita gente também consegue começar a estudar uma língua desse jeito.

Você pode dar uma olhada nas MOMDs aqui.


A inscrição

Depois de ter selecionado todas as matérias que eu queria cursar, eu ainda precisei saber se tinha vaga disponível nelas. Para fazer isso, eu precisei ir no departamento de cada matéria que eu queria cursar e pedir a aprovação.

Feito isso, eu precisei preencher um documento listando as matérias que eu cursaria, com o carimbo do respectivo departamento, e entregar na secretaria de engenharia química (meu curso).  

Esse processo todo levou aproximadamente duas semanas para ser resolvido. Achei um método muito rústico de inscrição em disciplina, considerando que no Brasil é tudo online. Mas essa foi uma das minhas primeiras surpresas na comparação entre o sistema de ensino europeu e brasileiro. Eu continuo o assunto no próximo post.

Beijos,










Já curtiu a página do blog? É só clicar na imagem abaixo, assim fica mais fácil de acompanhar as publicações!



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Aquela sobre as acomodações - dúvidas frequentes



Sempre que algum leitor me faz alguma pergunta, seja deixando um comentário no blog ou me procurando no facebook, as dúvidas são parecidas. São dúvidas bem básicas, mas que não são respondidas no site da universidade, por exemplo. Então eu resolvi fazer um post reunindo algumas dessas perguntinhas, porque assim fica mais fácil para todo mundo ter acesso a essas informações. :)

1. Posso receber visitas no meu quarto?
Sim. Porém, a política do Pritchatts House é de que os outros moradores do flat estejam de acordo com a presença da sua visita, ou seja, que ela não seja um incômodo para eles. Essa restrição é coerente, afinal é mais uma pessoa para dividir o banheiro e a cozinha com o resto do flat.

Quase todos os brasileiros receberam visita de família ou amigos nesse tempo em que moraram aqui, e eu nunca soube de algum problema relacionado a isso.

2. Como funciona o esquema de entrega de correspondências ou compras online?
O Pritchatts House conta com a presença de uma recepção no térreo. Ela funciona todos os dias da semana e recebe as correspondência e compras feitas na internet.

Cada flat tem uma caixinha de correio para cada quarto. Assim, para correspondências tipo carta, os próprios funcionários da recepção as deixam nessas caixinhas, de acordo com o quarto da pessoa.

Para correspondências que chegam em caixas/pacotes é necessário que o dono vá buscar na recepção. A própria recepção recebe, cataloga e te envia um e-mail dizendo que chegou alguma encomenda para você. Aí é só descer com sua ID e assinar que recolheu a encomenda.

É bom ter cuidado com a data de entrega das suas compras online. No domingo, por exemplo, a recepção não funciona o dia inteiro, então corre o risco de a sua encomenda ser entregue, não ter ninguém para receber e ela voltar para o distribuidor.

Já aconteceu comigo de ter feito uma compra na Amazon e não ter ninguém na recepção para receber. Porém, o entregador me ligou e pediu para que eu descesse para buscar. Foi uma questão de sorte, mas eu poderia não estar em casa no momento, aí seria uma dor de cabeça para ir buscar a entrega onde quer que ela estivesse.

3. Como funciona a limpeza do flat?
Existe uma equipe de funcionários que são responsáveis pela arrumação das áreas comuns do flat, ou seja, banheiro e cozinha. Isso não quer dizer que eles vão lavar sua louça se ela estiver suja na pia. O trabalho deles é passar pano no chão, limpar mesas, cadeiras e bancadas, aspirar o chão do flat (que é de carpete) e remover o lixo.

Em relação ao seu quarto, é responsabilidade sua arrumá-lo. Cada flat tem um aspirador de pó e uma tábua de passar roupa, que podem ser usados por qualquer morador.

4. E o lixo reciclável?
A universidade tem um programa de incentivo aos alunos para reciclarem seu lixo. Cada cozinha tem uma sacola plástica onde você pode colocar vidro, plástico, alumínio ou papel. Do lado de fora do prédio, existem latas de lixo grandes para colocar essas categorias de lixo separadamente. Entretanto, isso é responsabilidade somente dos alunos, nenhum funcionário vai tirar esse lixo da sua cozinha e colocar nessas lixeiras.

Cada flat lida com isso de uma forma. Você pode estipular um rodízio para saber de quem é a vez de descer com o lixo ou só chamar quem estiver disponível para fazer isso. Eu não gosto de lixo acumulando na cozinha, por isso sempre separo no meu quarto e desço com meu próprio lixo para essas lixeiras especiais. 

E por hoje é isso! Se ficou faltando alguma perguntinha, é só deixarem nos comentários :)

Beijos,



terça-feira, 5 de agosto de 2014

Aquela sobre as acomodações - lavanderia



Um dos grandes dramas de quem sai de casa pela primeira vez é manter as próprias roupas limpas. É aí que você descobre que não é por passe de mágica que elas aparecem limpas, cheirosas e dobradas no seu armário.

O bom de ser intercambista é que dificilmente você vai passar por esses problemas sozinho. Então eu vou tentar te ajudar um pouquinho também!

Aqui no Pritichatts House tem uma lavanderia para ser usada pelos moradores. Ela fica no subsolo com várias opções de máquinas e secadoras.

Máquinas de lavar e secadoras

Porém, como tudo nessa vida, lavar roupa aqui não é de graça. Então o primeiro passo é recarregar seu cartão da lavanderia.

Cartão da lavanderia

Cada morador tem acesso a um cartão da lavanderia e ele vem no kit de boas-vindas que a gente recebe quando ganha a chave do quarto. Eu mostrei esse kit nesse post.

Para recarregar o cartão, é necessário se registrar no site Circuit Laundry. Feito o registro, basta clicar na opção “Card top-up”, escolher a quantia que você julgar necessária e continuar de acordo com as informações do site. Para pagar, você pode utilizar sua conta no PayPal ou registrar um novo cartão.

Nesse site você pode, além de recarregar o cartão, visualizar as máquinas que estão liberadas ou checar se a sua máquina já acabou de lavar. Isso é bem útil quando você não quer ter o trabalho de descer com todas as suas roupas sujas e não encontrar máquina disponível, por exemplo.

Feito o top-up, você vai receber um e-mail confirmando o pagamento e dizendo o código para ativar o cartão. Ele não vai funcionar sem ser ativado antes!

Para fazer a ativação, tem uma maquininha dentro da própria lavanderia (foto abaixo). Ela mostra seu ‘Current balance’, você digita o código que chegou pelo e-mail e então ela mostra o saldo atualizado. Aí você está livre para lavar suas roupas.



A máquina de lavar te dá três opções de lavagem, que vão de acordo com a quantidade de roupa que você vai lavar. Cada opção custa £2.50, £2.80 ou £3.30, respectivamente.

A secadora é essa máquina que fica na parte de cima. Ela tem um valor fixo de £1.20 por secagem e demora cerca de 50 minutos para acabar o processo.

Espero que o post tenha sido útil para vocês! Se tiverem mais alguma dúvida é só deixar nos comentários. E, apenas como observação, não deixem de comprar sabão em pó e amaciante antes de pensar em lavar suas roupas, porque eles também não aparecem por passe de mágica na máquina! Hehe


Beijos! 


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Aquela sobre as acomodações - banheiro e cozinha



No post anterior, eu contei que, na época da seleção das acomodações, eu fui alocada em um quarto comum do Pritchatts House. Inicialmente, eu queria ficar em algum dos Duplex, porque a ideia de dividir banheiro com várias outras meninas que eu não conhecia não me parecia muito agradável.

Depois que eu cheguei aqui e conheci meu quarto, o banheiro e a cozinha eu ainda relutei um pouco com a ideia de dividir banheiro com mais de 15 meninas. Mas, conforme o tempo foi passando, eu fui me acostumando com essa realidade e, hoje, eu não vejo mais problema nenhum.  

Definitivamente não é tão ruim quanto parece. Mesmo sendo uma quantidade grande de meninas, o banheiro fica vazio na maior parte do tempo, então nunca existiu o caso de ter que esperar para tomar banho ou coisa do tipo.

Cabines sanitárias

Cabines de banho

Em relação a cozinha, também não foi fácil no início. Eu morava sozinha no Brasil e sempre gostei das coisas organizadas do meu jeito, mas dividindo cozinha com outras pessoas não tem como manter tudo do jeito que você quer.

Mas eu já disse no post anterior que basta exercer o bom senso e cumprir as regras de boas maneiras quando se convive numa sociedade. Isso vai depender de como você vai manter a sua relação com as pessoas que moram no mesmo flat.

Cada pessoa tem direito a uma prateleira dos freezers que ficam na cozinha. Assim você pode guardar todos os seus congelados lá sem problema nenhum. Existe também prateleiras para você deixar seus instrumentos culinários, como panelas e talheres.

Atualmente, o Pritchatts House já oferece um kit de utensílios básicos, então fica por sua conta se você vai usar os que estão disponíveis na cozinha ou se vai querer comprar os seus.

Quer dar uma olhada melhor na cozinha da acomodação? O site da universidade oferece um tour virtual. É só clicar aqui

E é isso por hoje. Se tiverem mais alguma dúvida é só deixar nos comentários. O próximo post vai explicar melhor sobre como funciona a lavanderia!


Beijos.

domingo, 3 de agosto de 2014

Aquela sobre as acomodações - quartos



Antes de chegar em Birmingham, eu fiz um post contando como foi a seleção da acomodação. Você pode ler ele aqui.

Como eu expliquei no post, os alunos do meu edital tinham o direito de optar entre duas acomodações disponíveis: o ‘Pritchatts House’ e o ‘Spinney’. Sendo assim, o grupo de brasileiros da minha chamada ficou dividido entre esses dois prédios. Eu optei pelo Pritchatts House na época e não me arrependi! Fatores como tamanho de quarto e armários e presença de lavanderia e bar foram os que mais contaram na hora da escolha.

Atualmente, o Spinney está sendo reformado para alunos de pós-graduação e todos os brasileiros que moravam lá tiveram que se mudar para o Pritchatts House. Além disso, há boatos de que o Pritchatts House vai ser a acomodação destinada a alunos de intercâmbio daqui pra frente, então eu acredito que o aluno não vai ter mais a opção de escolher entre acomodações diferentes.

O fato de uma acomodação ser destinada a alunos de intercâmbio significa que ela vai, basicamente, ser dividida entre brasileiros e chineses, os maiores grupos de estrangeiros que vêm estudar na University of Birmingham.

Isso pode ser um choque cultural inicialmente, mas não deve ser encarado como um grande problema, na minha opinião. Apesar de os asiáticos terem fama de serem mais sujinhos que os brasileiros, eles sabem respeitar mais as regras também. Eu mesma conheço flats onde os brasileiros são predominantes que são mais desorganizados que muitos flats com asiáticos. Então, desde que limites sejam estabelecidos e o bom senso seja usado, você não vai ter muito problema com cozinha suja, por exemplo.

O Pritchatts House é formado por 13 flats. Um flat é basicamente um corredor com os quartos, um banheiro e uma cozinha - que são divididos entre todos os moradores do flat. Existe também a opção dos ‘Duplex’, que são dois quartos que dividem um banheiro, então é uma opção melhor para quem prefere ter mais privacidade. Porém, só existem dois Duplex por flat, então nem todo mundo consegue uma vaga neles. Eu mesma tentei, mas fui alocada em um quarto comum do flat. 

Acho que fica mais fácil de entender vendo algumas fotos:

Flat
Meu quarto :)


Frigobar e criado mudo

Todos os quartos têm uma bancada, quatro prateleiras, armário de duas portas, espelho na parede, criado mudo e frigobar. Os quartos que não são Duplex têm também uma pia com armário e espelho e um armário a mais.

Devo ressaltar que esse frigobar é a única opção de geladeira que nós temos. Assim, prepare-se para fazer uma engenharia de organização para fazer tudo seu caber dentro dele hahaha. Mas posso dizer que, na maior parte dos casos, dá para manter tudo organizado lá dentro! 

Espero que tenha dado para entender melhor a organização dos quartos pelas fotos. No post seguinte eu vou falar mais sobre as dependências comuns, que são o banheiro e a cozinha.


Muito obrigada a todos que continuam lendo o blog. 




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Aquela depois de muito tempo



Quando minha história com o Ciência sem Fronteiras começou, uma das coisas que eu mais fuçava na internet era blog sobre pessoas que já tinham chegado no seu país de destino, para saber como a vida funcionava lá.

Foi dessa forma que eu descobri uma grande paixão: blogs. Mesmo sabendo que eu vinha morar na Inglaterra, lia blog de gente que estava na Austrália e até na Coréia! E foi assim que eu decidi criar o meu próprio blog, pensando em cada detalhe do design e do conteúdo dos posts.

Uma das coisas que mais me deixava triste era quando eu achava um blog legal que tinha sido abandonado, porque eu não entendia como isso podia acontecer. Só que o que eu não esperava era que isso fosse um dia acontecer com o meu também.

Não sei exatamente o motivo que me levou a fazer isso, talvez uma mistura de desânimo (minha velha autocrítica que sempre me diz que ninguém quer ler o que eu tenho a escrever) com a minha euforia depois de ter chegado aqui, que não me deixava sentar para escrever.

Mas hoje, dia 1 de agosto, eu percebi que eu precisava extravasar um sentimento muito grande que vem me consumindo, sentimento esse que eu nem sei definir ao certo.

A verdade é que agosto representa meu último mês como intercambista do CsF, último mês vivendo o intercâmbio dos meus sonhos. E o primeiro dia desse mês veio recheado de uma carga emocional muito grande. Ao mesmo tempo que a felicidade é grande por saber que esse mês eu vou poder matar a saudade de todas as pessoas que eu não vejo há quase um ano, a tristeza de saber que tudo que eu construí sozinha num país desconhecido está chegando ao fim também se faz presente.

O calendário não engana :(


O que me conforta é saber que isso já era o esperado, e minha única opção é preparar meu coração para essa mistura de sentimentos. Além disso, boa parte das coisas que eu aprendi e das pessoas que eu conheci aqui, eu vou levar pro Brasil junto comigo. E isso, gente, não tem Real ou Libra que paguem.

Foi por isso que eu resolvi recorrer ao blog, porque na internet a gente também pode achar suporte para essas crises existenciais de fim de intercâmbio, e, sendo assim, talvez eu possa ajudar alguém um dia também.

Obrigada a todos que leram o blog nesse tempo e que mandaram comentários com perguntas ou me procuraram nas redes sociais para tirar dúvidas. Desculpa a todos que ficaram sem resposta por um tempo, espero poder me redimir daqui pra frente. Acredito que ajudar quem está vindo agora possa ainda me dar o gostinho de novidade na Inglaterra.